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Mostrando postagens de 2013

Sobre relações e diálogos

"Quem fala o que não deve, ouve o que não quer". Desde pequena eu aprendi a enfrentar meus problemas e meus medos de frente. Aprendi que para existir relação (seja de amor, de amizade, de companhia ou de convivência) é preciso que haja, no mínimo, duas pessoas. Levando isso em consideração, aprendi que uma relação constitui-se em uma via de mão dupla, o que resumidamente significa que você doa uma parte de si e recebe de outro alguém. Da mesma forma, toda relação é perpassada por diálogo. De maneira geral, um diálogo é baseado em uma conversa entre duas ou mais pessoas, por isso é perpassado por dois momentos: um momento de fala e um momento de escuta. Sem este último o diálogo é tudo, menos um diálogo, você pode chamar de monólogo, imposição, coação ou como preferir, mas não pode caracterizar isso como conversa. Em certos casos específicos eu gosto de chamar de covardia e imaturidade. Sim, porque é natural que existam desacordos e desavenças, é natural que existam divergênc

Quanto custa um sonho?

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Quando custa um sonho? Já diz o ditado popular que sonhar não paga (ainda bem)! Mas realizar sonhos tem seu preço... Normalmente eles custam tempo... Alguns segundos, uma hora, um dia, uma semana, um mês, alguns anos. Mas outras vezes eles custam algo mais. Um corte de cabelo, um momento, uma festa, uma amizade... uma família. Sonhos demandam atenção, cuidado e (sempre) tempo, mas principalmente escolhas. As vezes precisamos abdicar de algo para podermos conquistar outras coisas. Descobrimos então que sonhos custam algo, mas quem paga por eles? Você poderia se perguntar "mas como assim quem paga por eles? eu quem os construo, eu quem escolho, eu quem pago, é claro´". Mas, sinceramente, quem mais paga por eles? Seus amigos, seu chefe, seu colega de trabalho, seus pais, seu vizinho, seu cachorro, seu filho? Quem deixa de te ver, quem paga suas contas, quem te oferece suporte e apoio, quem está ao seu lado? Existe também uma diferença entre preço e valor: preço é o que cobram
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Todo mundo já teve de passar pelo dilema de perdoar alguém. Embora isso hora ou outra acabe acontecendo, a verdade é que ninguém perdoa pra fazer outra pessoa feliz ou por altruísmo. Tanto porque, aos nossos olhos, quando de alguma forma somos profundamente magoados o que mais queremos é justiça, ou seja, que no mínimo aquela pessoa sinta a dor que um dia nos causou. Mas então por que perdoar? Simples: é uma escolha inteligente. O rancor e a mágoa também são formas de nos prender a alguém, mas a verdade é que quanto mais guardamos esses sentimentos, mais nos tornamos reféns. Perdoar é uma forma de libertar-se, de seguir em frente. Não é apenas deixar que o outro siga seu caminho, é uma forma de nos permitir seguir o nosso: sem medo, sem "nóia", sem preocupações.

Receita do sucesso

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É comum encontrar por aí livros que falam sobre o sucesso, comportamentos e atitudes que você deve ter para alcança-lo, alguns até trazem em tópicos descritivos, como se escreve uma receita. Pra ser sincera, eu nunca fui muito fã desse tipo de literatura, ou qualquer outro tipo de tema que pareçam auto-ajuda. As vezes eu me pergunto o que leva as pessoas a recorrerem a essas leituras, a pagarem para ter em mãos sugestões e conselhos - que devem ser bons, já que estão sendo vendidos - tão óbvios. A única conclusão que eu cheguei foi que as pessoas vivem tão ocupadas e preocupadas tentando desvendar o segredo da vida, tentando enxergar um ponto de luz no escuro, que deixam de enxergar o óbvio e a claridade da porta de saída. Sejamos clichês: o segredo está nas coisas simples da vida. É clichê, e exatamente por isso continua passando batido e as pessoas continuam procurando incansavelmente o que está bem abaixo de seu nariz. Não é a toa que esses livros, e palestras, e cursos e os mais

Amar?

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Estamos rodeados por ideologias e frases que discorrem sobre o amor e a necessidade de amar: ame os animais, ame o próximo, ame a si mesmo, ame seu vizinho, o passarinho, a árvore. Mas, o que é o amor? Todo ser humano, ao menos uma vez na vida, já deve ter se deparado com esse questionamento e, acredito eu, cada um criando seus próprios significados. Estes, por sua vez, são obviamente sempre baseados na experiência de vida individual, atribuindo a ele características do que aprendeu e foi absorvido. Como uma reles mortal, eu também tenho minha teoria sobre ele. Primeiramente, o amor não é uma coisa, não é estado de espírito, estado de humor. O amor não é circunstancial, não é dependente, não é avarento, não é sentimento que um dia desaparece. O amor é compartilhamento, é um querer bem acima de todas as coisas. O amor se alegra nas conquistas da pessoa amada, se entristece nas perdas e derrotas. Não porque você é legal, porque você é bom, porque você é altruísta: mas porque você ama.

Pra sempre! (?)

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O que é o "pra sempre" na brevidade e inconstância que é a vida? A gente vive com essa presunção de que somos donos de nós mesmos, da razão, do tempo e do mundo. Queremos controlar o clima, as emoções, os acontecimentos, a vida e o tempo. Quantas vezes falamos em "pra sempre", "nunca", "sempre", "todo tempo", "com certeza", "eu prometo" e depois, ao olhar pra trás, quantas dessas "certezas" não vi mos ter desmoronado e se realizado no oposto do que fora idealizado? Não é que eu discorde das vontades, dos sonhos, dos planejamentos... Mas é essencial reconhecermos a condição dinâmica, inconstante e variável do ser humano e do mundo. Que "ter controle" sobre algo é uma expressão muito forte, ainda mais quando se fala sobre o futuro e relacionamentos... Talvez possamos controlar alguns impulsos, determinadas ações e um número limitado de variáveis, mas nem sempre poderemos prever as con
Na manhã de ontem eu acordei como em todos os dias: me chutando para fora da cama e tendo como maior preocupação realizar as atividades diárias (banho, escovar os dentes, comer,...) e responsabilidades necessárias (faculdade, volta às aulas,...). Mas como sempre, pra não perder o costume, dei uma passada no facebook pra ver o que acontecia. E fuçando em um facebook aqui, outro ali, me deparei com o comen tário de um amigo, na página de outro amigo (que eu desconhecia), que dizia procurar por outro amigo. Minha curiosidade foi mais a fundo, e fiquei surpresa ao descobrir notícias de que uma boate, em Santa Maria, no RS, havia pegado fogo nessa madrugada. Mas essa era só a ponta do iceberg. As notícias estampavam o resultado da tragédia: 245 mortos e 48 feridos. Pensei nos milhares de jovens que ali estavam, e me doeu mais ao pensar na dor dos pais, que acordaram de manhã, sem seus filhos em casa, tentaram contatá-los, e se depararam com essa notícia. Pensei no desespero e
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Dentre todos os sentimentos que podem existir, o que mais me preocupa é a indiferença (se é que isso pode ser chamado de "sentimento"). Também acompanhada pelo desdém, pelo desprezo, pela desconsideração, pela apatia e insensibilidade. É o não sentir, o não se importar, o não doer, o não alegrar. Ta certo que a indiferença, de certa forma, é parte da vida, afinal, que turbilhão de ideias seria nossa cabeça se não relevássemos e não nos deixássemos ocupar por coisas que não nos dizem algum respeito. Mas a indifrença que aqui atribuo é aquela gerada pela vida, pela existência... Melhor dizendo: pela experiência.  O ser humano tem esse tal de "sistema de defesa" que utiliza, na maior parte das vezes inconscientemente, pra se defender de algo prejudicial, e atrás do qual, muitas vezes, se esconde. Aqui não me refiro ao biológico, ao famoso "sistema imunológico". Não. Refiro-me a esse "sistema de defesa psicológico", que cada um subjetivamente (ou
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"Não é possível se tornar a pessoa que vc sempre quis sem antes romper com alguns hábitos daquela pessoa que vc sempre foi." (via Geração de Valor ). De nada adianta um "novo ano" se continuamos a "velha pessoa", matendo os velhos hábitos, os velhos pensamentos, as velhas atitudes. A virada de ano novo por nós comemorada marca o fim de um ciclo e o começo de outro, mas o dia 1º de Janeiro é apenas uma continuação do dia 31 de Dezembro, portanto, nada muda se nós não tomarmos a frente. Então se é pra desejar algo para esse ano, desejo mais movimento e menos comodidade; mais realizações e menos reclamações; mais paciência e amor e menos julgamentos; mais "desce que eu to chegando" e menos "saudade, vamos nos ver algum dia". Desejo mais planejamentos seguidos de ações. Que sejamos sábios o suficiente para manter e aprimorar o que foi adquirido até aqui, mas também humildes para reconhecer quando algo deve ser mudado. O ano