Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2017
"But if we're strong enough to let it in we're strong enough to let it go" (Birdy) Eu vou confessar: tem dia que a saudade aperta, me puxa do chão e vira do avesso. E ela chega assim, sem dar sinais, sem avisar. Simplesmente aparece e se instala, sem se preocupar com convites formais ou o incomodo que pode causar. Vem mansinha, primeiro com as lembranças, reaviva as memórias e quando percebo, estamos juntas revendo as as fotos. Ah saudade, a presença da ausência de tudo aquilo que não pôde ficar. É o que resta das escolhas que fizemos pelo caminho. É o passado se fazendo presente, nos relembrando do quanto sabemos sobre o futuro: nada, e menos ainda. Ela é o atestado de uma experiência boa, mas passageira; de amores gostosos, mas evanescentes. Ela é o lembrete das incertezas do viver. E as vezes sussurra "só uma mensagem". As vezes pede "vamos voltar atrás". Em outras estremece "e agora?" Não sei. Mas me render não é uma op

FIM.

"Acabei de levar um soco no estômago" foi como descrevi o que havia acontecido naquele momento. O incidente não ocorreu de fato, mas a sensação era similar (e me renderam 2 kg a menos). Meu estômago se embrulhou, e rapidamente senti minhas bochechas corarem com a inconformidade que tomava conta de mim. Você nem sabia, mas poucos minutos antes eu pensava em como havia sido exigente, exagerada em meus desejos e na minha fantasia. Planejei uma maneira de lhe dizer o óbvio: que eu sentia muito, que você havia sido perfeito em todos os seus defeitos e eu estava enlouquecendo. Estava pronta pra reafirmar o quanto eu estava errada, o quanto aquilo doía, e novamente o quanto eu sentia muito. Lembrei do encontro que tivemos no dia anterior, ou devo dizer DESENCONTRO? O mesmo local de sempre tão igual e diferente. Ali eu já sabia: aquele mundo não mais me pertencia. Já não havia mais espaço pra mim. Eu me calei. Logo eu, sempre com tantas ideias, tantas palavras para serem ditas, tant
How unfair it's just our luck Found something real That's out of touch But if you'd search the whole wide world Would you dare to let it go? Já faz algum tempo desde o adeus mais crítico, mas por algum motivo eu simplesmente não consigo esquecer. Me pego pensando em todo o enredo da nossa história, do que foi e do que poderia ser. Me pego presa a lembrança de uma realidade que a cada dia se desvanece um pouco mais - e eu torço pra que ela se desfaça logo, se vá e leve consigo a dor, as lembranças, os rastros e as memórias. Na maior parte dos dias é fácil, não passa de uma vaga memória, mas em outros ela dói, principalmente frente as incertezas do "e se". Foram tantos sonhos abandonados, um vínculo quebrado e a dura certeza do caráter desconhecido do futuro e do "pra sempre". Irônico, não? Conheci os fantasmas que pairam sobre essa fantasia regida pelo sempre e o nunca, que correm em linhas paralelas mas de algum modo permanecem entrelaçados. Hoje