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Ser feliz.

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Chega um certo ponto da vida em que você percebe que reclamar, choramingar e criticar não acrescentam nada, não resolvem problemas e nos mantém estagnados na mesma mediocridade de sempre. Certo ponto da vida onde você percebe que a sua família, mesmo não sendo perfeita e cheia de loucuras e esquisitices é a SUA família, que te ama e estará ao seu lado sempre e pra sempre, não importa o quanto você erre, sofra, perca ou, até mesmo, seja cruel com eles, os mesmos serão sempre seu suporte e apoio em qualquer momento. Então, reparando e analisando o que já se passou, você nota que, paralela ou tangencialmente, criou uma outra família, aquela a quem chamamos de amigos, a que Deus nos permitiu escolher e nos permitiu encontrar em certo ponto da vida, cada um a seu tempo, que partilhou e te acompanhou em sua caminhada, dividindo histórias, acrescentando linhas e palavras as páginas em branco desse livro chamado VIDA. Essa segunda família, como muitos chamam, pode ser grande, composta por deze

Entre o viver e o existir

   Não há dúvidas de que a vida é uma graça e um presente do qual Deus - para os que acreditam e mesmo os que não acreditam, Ele continuará existindo - nos permitiu desfrutar. Como canta Rogério Flausino em "Do seu lado": "viver é uma arte, é um ofício só que precisa cuidado". E muito cuidado. Oscar Wilde ainda afirma que "viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe".   Muitas são as teorias, textos, livros e frases que falam sobre a vida, sua grandeza, magnitude e formosura, mas todos sabemos que além disso, viver pode ser mais complicado ou simples do que parece. Mas o que procuro tratar aqui não é definir o que é a vida, solucionar problemas, dizer como deve ser tratada, mas menos do que tudo isso, meu objetivo é expressar uma opinião.   Não é segredo e nem uma dúvida de que a nossa sociedade é inflingida e dirigida por regras. As leis são antigas, existentes desde a época da Antiga Grécia, anterior até mesmo ao advento da

Aprendendo a aprender

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 Estava sentada a toa no parque em uma tarde ensolarada de domingo, assistindo a passagem da vida em suas várias formas, tamanhos, cores e idades. Pessoas que se cruzavam e cumprimentavam mesmo sem se conhecer, crianças brincando, idosos passeando, casais namorando. Analisando e apreciando a paisagem com a paciência e admiração que a vida me ensinara, avistei um jovem casal com o que presumi ser seu primeiro filho, que aparentava não ter mais do que um ano de idade. Demorei-me em estudá-los e algo me chamou a atenção. Algo que muitos teorizam sobre e eu acredito que realmente deva existir mas nunca havia dado importância. Ambos brincavam com o pequenino, entre eles, sorriam, seguravam a criança pelas duas mãos enquanto esta ainda aprendia a dar seus primeiros passos. Em toda essa cena pude perceber uma leve diferença entre as atividades de ser pai exercidas por cada jovem. Ela, mulher, mãe, segurava seu filho com leveza e segurança, como se já estivesse programada - e a ciência afirm

O que dizer.

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Só tem o direito de opinar sobre uma experiência quem já passou por ela. Ou ao menos deveria ser assim. Queremos sempre dar uma opinião e tomar partido sobre um assunto sem, na maioria das vezes, tê-lo presenciado de alguma forma para saber como realmente é. Há várias maneiras de se olhar para uma situação e, dependendo do ponto de vista que você escolher, adquirirá determinado sentimento e pensamento sobre aquilo. Mas a verdade é que deveríamos considerar a maior quantidade de pontos possíveis e, assim, talvez fosse mais fácil manter uma postura relativamente neutra sobre aquilo. Quem sabe. Já estive dos dois lados da história, em situações e com pessoas diferentes, mas lados indiscutivelmente opostos, assim como o feio é antagônico ao belo, o chato ao legal, o longe ao perto... A verdade é que sempre justifiquei minhas atitudes olhando apenas para o meu lado, que até então parecia o correto, e para mim, de fato o era. Mas com que direito ou sabedoria o fiz, já que não conhecia as i

Saudade.

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Por muitas vezes peguei uma folha e caneta afim de escreve algo interessante, qualquer que fosse o assunto. Na verdade, um tema eu já tinha definido: eu e você. Mas por mais que eu tentasse, as palavras fugiam do pensamento antes que eu pudesse transpo-la ao papel. Não por falta do que dizer ou de criatividade, mas por nada parecer suficiente para expressar os sentimentos. O universo das palavras, tão vasto e ao mesmo tempo, tão limitado. Talvez seja eu quem o limite. A verdade é que meu mundo desabou de uma vez quando te vi partir. Não quis admitir, aliás, eu sempre fui - ou ao menos tentei e tento - ser tão forte quanto você. Como você faz? Como consegue carregar tantas coisas sozinha e ainda preencher a vida dos outros com felicidade? Eu tento tentado, e talvez conseguido com algum êxito, mas a verdade é que eu acho que jamais superarei a falta que você me faz. No dia - a - dia, nas horas, nos minutos. Sua voz, seus abraços, carinhos, beijos, encorajamento... É difícil caminhar se

Loucura.

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O sol se levanta alegre no horizonte e o alarme do despertador soa acordando todos os inquilinos da casa. Ela não é grande, ou espaçosa ou bem arquitetada, mas serve como abrigo. A mãe acorda o filho para mais um dia de aula e prepara o café. A criança sai para a escola e a mãe vai para o trabalho, pensando nas tarefas do dia e o planejando mentalmente durante o trajeto. Na escola, as aulas correm normalmente, é uma manhã de quinta-feira rotineira, onde os professores exercem com paciência o desafio de ensinar e os alunos impacientemente recebem - ou ao menos fingem receber - todo aquele conhecimento. Seria apenas mais um dia comum se um barulho estranho não tivesse disseminado pânico e dor por aquela escola. Logo pela manhã, barulhos de tiro interrompem a concentração de alunos e professores. O caos se espalha por todo os estabelecimento e o quietude é imediatamente trocada por agitação. É possível ouvir o grito das crianças, "Por favor, me deixa viver, me deixa ir embora"

E daí?

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E daí se eu esqueci de crescer? Se eu acredito na bondade, se adoro filmes onde no final prevalece a felicidade? E daí se eu tenho um mundo imaginário onde tudo acontece como, quando e onde eu quero? Se contrario toda a maldade e vejo tudo mais belo? Vivo em um mundo onde a felicidade é utopia, ter valores é careta e bondade é burrice. Onde quem manda é o dinheiro e igualdade é slogan de campanha eleitoral. Um mundo onde se conformar é sinônimo de ser esperto e o esporte é a "malandragem". Um mundo onde quem estuda sofre bullying e quem arrisca a própria vida pra ficar famoso é herói. Um mundo em que as pessoas fazem tudo por dinheiro, status e fama; onde falar mal dos outros dá ibope e morrer de fome é natural. Um mundo onde a coragem está em extinção e ousadia se confunde com rebeldia; onde acabar com a própria privacidade é legal e reinvindica-lá é chatice. Me desculpe então se eu não ligo, se eu não te sigo, se eu imagino. É realmente difícil dizer não, andar de encontr

Desabafo

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Existem momentos na vida em que tudo vai bem e não há do que reclamar. Cada dia nasce com uma nova agradável surpresa e a preocupação é pequena. Existem outros momentos, no entanto, que não são tão belos assim. As escolhas ficam mais complicadas, as conversas mais delicadas e tudo o que você disser poderá - e será - usado, em algum momento, contra você. Nessas horas da vontade de "chutar o balde", dizer tudo o que você pensa/sente/acredita/quer e deixar que os outros se resolvam com os sentimentos deles. Ainda mais quando te tiram uma de suas paixões e não te permitem exercê-lá sem que alguém se sinta ofendido. Pra ser bem sincera eu estou bem cansada disso: ser vigiada e julgada em cada passo que eu dou, em cada palavra que eu digo... Sinto como se todo mundo estivesse apenas esperando eu cometer algum deslize pra apontar e dizer: "eu te disse". Como se eu não pudesse ter minhas vontades, expressar o que eu penso ou ter o direito de errar. Como se o mais importa

It's time to move on!

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  Já reclamei muito nessa vida: de frio, de sede, de fome, de desânimo, de tristeza... mas principalmente do que poderia ser e não foi. Sempre reclamei de decisões que tomei e dizia que, se pudesse, voltaria e faria tudo diferente. O passado me atormentava com todo seu mistério do caminho desconhecido e o talvez incendiava meus pensamentos. Amigos que deixei, amores que vivi, brigas que causei, abraços que eu não dei, palavras que escondi... Até alguns dias atrás tudo isso vinha a tona e me deixava inquieta, ansiosa e irritada. Esbarrar com certas pessoas na rua era quase um sacrifício: o medo e a vergonha que não foram superados. Por mais que eu lutasse, certos nomes sempre me faziam recordar coisas que eu tentava esquecer. Queria um futuro mas mal conseguia viver meu presente.  Um dia me dei conta de que tudo isso é bobagem! O grande amor passou, a amizade foi boa enquanto durou, as palavras não eram necessárias e a minha ligação com aquelas pessoas não passava de uma simples histór