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Numa era definida como "modernidade líquida", onde as relações se desvanecem tão rápido quanto surgem, o autoconhecimento e posicionamento é fundamental! Por muito tempo me considerei uma pessoa indecisa, "meio termo", em cima do muro. Nunca fui a mais bonita dentre as minhas amigas; nem a mais inteligente de todas, muito menos a mais delicada. Mas eu tinha um olho azul - e embora todos citassem, eu tinha dificuldade em entender qual era o diferencial - era extremamente esforçada, e (sempre que possível) educada. Sempre tirei boas notas, respeitei as regras, andei conforme os padrões. Sempre vivi de maneira a não gerar conflitos, a encontrar o equilíbrio (ou o que eu ao menos achava que fosse isso), tentando agradar todas as partes. Quando me dei conta, percebi que vivia fazendo malabares: buscando manter as bolas no alto, rodando, cada uma a seu tempo... Mas o que acabava acontecendo era que no final tudo caía no chão. Porque por mais que dominemos muitos conhe

"Quem vive de passado é museu"

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 Imagem de Clyfford Still Museum Dizem que "quem vive de passado é museu" e eu costumo utilizar muito essa frase também, mas se pensarmos bem, museus são lugares interessantes para se visitar de vez em quando - apenas de vez em quando. Museus guardam peças importantes da história, pedaços do que foi, são recheados com obras de arte, poesia, manifestos, por vezes transitando entre o passado e o real. Se fizermos um paralelo com a vida, assim também é nossa existência: vivemos o hoje, por vezes transitando entre o atual e as lembranças do que foram, também projetando aquilo que pode ser. Concordo que não podemos nem devemos nos acorrentar às memórias, fazendo delas presente, mas as vezes é preciso revisitá-las até mesmo pra relembrarmos e compreendermos como chegamos até aqui. O passado é um lugar interessante para nos dar perspectiva. Ele nos mostra o que já fomos; o quanto já enfrentamos e superamos; ele evidencia nossa evolução - ou até mesmo a falta dela. Revisitando-o